11 de fevereiro de 2008

Audioslave - O Fim

Não é novidade, mas é algo que ainda me chateia. O fim do Audioslave foi algo para o mundo do rock se lamentar, mesmo com a volta do Rage Against The Machine ou a carreira solo do Chris Cornell. Não é a mesma coisa, claro. Uma banda é uma banda, é o sonho que vem da adolescência. É o sonho mais puro de um grupo de amigos. Fica a eterna esperança que um dia volte, uma das mais belas bandas de rock que o mundo já viu.

18 de setembro de 2007

Homem, um computador mono-tarefa

Incrível como foi só eu volta a estudar para achar que meu tempo simplesmente está 100% ocupado. Como me parece que não tenho tempo para nada. Eu sempre soube que não tinha lá tanto pique. Quando estou envolvido em alguma coisa me dou completamente, posso passar horas sem comer, concentrado até terminar o que me propus ou pelo menos fechar o raciocínio que comecei e deixar preparado para poder recomeçar no dia seguinte, mas sempre concentrado em um unico alvo.
Fico imaginando como podem as mulheres dar conta de tantas tarefas e tão distintas.
É como se eu pudesse correr uma maratona, mas jamais participar de um pentatlo. Limitações de um cérebro com processamento mono-tarefa.
Esse blá-blá-blá todo nada mais é do que desculpa pela falta de atualização do blog (risos).
Espero em breve estar com algum assunto em mente, que não seja matemática.
É isso aí mesmo. Faculdade de matemática. Em breve esse péssimo escritor de quinta será professor de matemática. Espero que de primeira...

Portanto, estamos fechados TEMPORARIAMENTE por falta de criatividade.

19 de abril de 2007

Visão Seletiva

Outro dia notei um interessante poder no sexo oposto. Como curto muito conversar com mulheres, escuta-las, então, geralmente minha companhia é bem vinda em suas rodas secretas de conversas (gostaria que me chamassem para acompanhá-las ao banheiro, mas ainda não aconteceu). Em uma conversa dessas, eu percebi o tal poder.
Conversa vai, conversa vem, percebo a diferente visão que elas têm sobre seus namorados e os namorados das amigas, irmãs, vizinhas, colegas de trabalho, etc.
Incrível como a imagem é sempre de que o cara não vale nada, trai a namorada/esposa com qualquer rabo de saia que pinte no caminho. Eu escutei sorrindo caladinho. Deus me livre entrar no assunto. Imagina eu dizendo algo como:
- Olha, linda, seu namorado também não vale uma cocada e dois contos.
Mas como um homem relativamente inteligente, percebi a tal Visão Seletiva. A mulher enxerga o que deseja, de quem deseja, na hora que deseja. O que não deseja...
No começo eu pensei: “não... ela sabe, mas finge que não sabe, mas depois, analisando direitinho, vi o constrangimento que é depreciar o namorado/marido de outra mulher sabendo que o seu não “vale nada”. E com o apoio das outras “palestrantes” sobre o comportamento dos maridos alheios, acabei me certificando mesmo da existência da Visão Seletiva. Sorte dos cafajestes, azar dos poucos bons homens...
Engraçado que minhas namoradas sempre tiveram a visão oposta. Sempre acharam que eu era um “galinha”, logo eu, sempre fiel e dedicado. Será que a Visão Seletiva também tem o poder de ver seu homem como uma fantasia de seu desejo? Acho eu que sim, que as minhas ex tinham a fantasia que eu fosse um “galinha”.
O mais engraçado é que o tão alardeado instinto feminino falha quando mais precisam... Ou quem sabe serve para contar para sua irmã:- Eu desde o principio desconfiava que o SEU marido não prestava... (risos)
Beijos.

6 de dezembro de 2006

Quem Somos?

Estou tentando aprender a gostar mais das pessoas que falam o que vem na cabeça, porque certas coisas são duras, mas nos permitem ter a visão do que somos. Porque o que você é senão o seu reflexo nos olhos das pessoas? Você como pessoa, inserida na sociedade? Não é uma questão de projetar uma imagem positiva, uma imagem artificial mas de se visualizar de um modo não egocêntrico. É não ser odiado por todos e não estar nem aí, porque você se ama, é do jeito que é e os outros que se fodam. É também não ser amado por todos e no fundo saber que a imagem que eles usaram para formar essa opinião é editada, modificada e irreal. Também não estou procurando ser um modelo de tudo que as pessoas gostariam que eu fosse. Não sou, e nem quero ser, altruísta a esse ponto. Tampouco procuro ser um padrão sem personalidade. Desenvolver-se. Colocar-se na perspectiva do outro. Acho que é um bom caminho. Me agrada saber que: Cada dia gosto mais de escutar e observar as pessoas. Conhecer. Cada dia a ofensa que faço machuca mais que a que recebo. Cada dia meus pecados mais me atormentam. Desejo um dia ser um bom reflexo, pelo menos nos olhos de quem amo. Que esse reflexo tenha amor, carinho, respeito, e admiração, por que não? Se nesse reflexo estiver alguém bonito, com uma situação segura e um grande sorriso, melhor ainda, pois a idéia é desenvolver-se para si “e” aos olhos de todos e não “somente” para os outros. Enfim, sentir-me em comunhão com o mundo, amando mas sobretudo sendo amado.

27 de setembro de 2006

Expressando Emoções

É impressionante a diferença entre homens e mulheres quando se trata de falar sobre sentimentos. As mulheres pensam que não gostamos de falar sobre a relação, mas a verdade é que temos dificuldade de falar sobre nossos sentimentos e fraquezas. O homem é criado para não ter problemas emocionais. Isso é frescura. Depressão? Frescura!
Ao homem, no máximo, se permite estar estressado. Isso parece simples. Você enterra seus problemas e medos interiores até que seja absorvido, como se fosse biodegradável. Muito simples, caso resolvido. Mas existem as mulheres. Mulheres que nos amam e, que sensíveis ao fato de estarmos sofrendo vão procurar nos curar de todo o mal. Com todo o amor, elas vão querer saber o que se passa com você, o “porque” de seu “estresse” e tentar desenterrar tudo. Mas você enterrou fundo, e não sabe onde. E ela não vai acreditar. Vai achar que você não quer desenterrar porque não confia nela, não à ama.
Somos seres tão diferentes que ambos não conseguem entender a diferença. O homem não fala de sentimentos em com seu melhor amigo. A mulher, fala até com o padeiro...
Já repararam a quantidade de vezes que a sua mulher chegou em casa e desatou a contar seus problemas do trabalho? Já reparou que mesmo quando ela divide a sua atenção com Atlético X Náutico pela série B do Brasileirão, ao final do desabafo ela deita no seu colo e relaxa como se os problemas não existissem mais? Incrível como as mulheres podem ser tão mais complexas e, às vezes, tão mais simples.
Já nem sei se o melhor é entender as diferenças ou aprender com o jeito da mulher de lidar abertamente com sentimentos.
Na verdade, tive uma experiência traumática quando abri minhas fraquezas para uma mulher. Seu olhar de decepção não pode ser escondido. Eu entendi, pois a mulher também é criada para achar que homens com fraquezas não são bons companheiros. Criadas para achar que homem com problema emocional é fresco.
Continuo a busca pelo equilíbrio. Usando a fórmula de tentar resolver meus demônios sozinho. Errado ou não, é a única maneira que sei e confio. Quem sabe, um dia, aprendo mais essa com as mulheres. Porque não? Afinal, já aprendi tanto...

6 de setembro de 2006

Tempos de Indiferença

A cada dia a indiferença ou a tentativa de fingir indiferença, se torna parte dos relacionamentos. Tanto faz se é um relacionamento passageiro ou algo que se pretende mais duradouro. A verdade é que os “lados” têm, cada vez mais, aparentando indiferença. Algo como: "Se me quiser ótimo, se não quiser a fila anda". Isto está cada vez mais comum, mais natural. Claro que isso é verdade, a fila existe, mas não precisa ficar estampado na testa, te lembrando, te ameaçando. É o terrorismo da concorrência.
A coisa anda tomando tamanha proporção que me sinto vivendo na “era da falsa indiferença” ou na “era da vergonha do amor”. Amar e demonstrar amor agora é brega, é burrice. Você demonstra amor e o outro se aproveita dessa sua “fraqueza”, então você finge indiferença, afinal existe a fila...
O mais engraçado de tudo isso é que fingir indiferença parece um escudo legal, mas atrai justamente pessoas que são realmente indiferentes. Quem está à procura de algo mais profundo e intenso se afasta, com medo pois está se envolvendo e o que consegue ver sob o escudo criado é o desinteresse.
Cada vez estamos criando relacionamentos mais vazios, baseados no terrorismo da fila.
“A fila anda” é a síntese do culto à falsa indiferença. A fila anda sim, mas com ela anda a intimidade, a profundidade. Com a fila, anda o respeito, a admiração. Com a “fila”, vão-se as histórias, os momentos. Ao invés de um álbum cheio de recordações, várias fotos espalhadas sem formar um conjunto sequer. Na verdade, fotos digitais que são deletadas do PC ou removidas do Orkut ou Fotolog.
Enfim a fila anda sim mas esmaga a chance de amar.

15 de agosto de 2006

A Broxada

A broxada é um dos maiores medos do homem, senão o maior. O homem está muito mais exposto a “fracassos” na cama. Eles até tem nomes e os principais são : a broxada e a ejaculação precoce. Na verdade, tudo que dá errado na cama é nossa culpa. Se a mulher não ficou excitada, não ficou à vontade, não gozou, não gozou multiplamente (!)
Mas a temível broxada é sem dúvida o pior dos “fracassos”. É o fracasso sem explicação, sem desculpa. há muito pouco que se diga, ou se faça para amenizar o que o homem sente em uma situação dessas. Os outros fracassos podem ser sempre atribuídos a algum fator menos importante que a virilidade. Afinal, a virilidade a competência na cama está intimamente ligada à ereção satisfatória (já escutei essa expressão horrível). Você pode explicar uma ejaculação precoce com algo do tipo: - Acho que sinto tanto tesão por você que não consigo me controlar.
Imagina? Isso pode ser muito positivo. Afinal, a frustração é amenizada pela massagem maravilhosa na auto-estima da mulher.
Mas a broxada é imperdoável, não há explicação e ambos (o homem e a mulher) são atacados pelo pior pensamento. Para a mulher, sempre há a possibilidade de achar que é um problema do homem, que ele não estava bem, que ele está estressado demais, cansado demais ou, simplesmente, que é algo natural. Claro que sempre se acende uma luzinha de “atenção” em sua cabeça, mas nada comparável à prova visível e humilhante, pendurada de cabeça para baixo entre nossas pernas! Quando a coisa caminha para o lado da compreensão, tudo acaba funcionando (?) melhor. Silêncio, carinho, beijos e, principalmente, nenhuma pressa ou ansiedade podem fazer milagres. Entretanto, quando a mulher leva para o lado pessoal, sentindo que falhou em algo, aí as duas prováveis situações básicas costumam não ser nada boas:
Situação 1: Ela se sente mal e fica meio depressiva, o que vai acabar com a noite e causar ainda mais mal-estar e constrangimento ao pobre broxado.
Situação 2: Ainda mais devastadora. Ela assume a “responsabilidade” e, assim, prescreve como “remédio” o seu maravilhoso “boquete” como a cura fantástica e imediata para a pauamolescência do nosso, já constrangido e arrasado, broxa. Não precisa nem dizer que essa maravilhosa mulher, com visão práticas, cabeça aberta e boa vontade não vai ajudar em nada, piorando ainda mais a situação do coitado, que a verá fazer todo tipo de malabarismos com sua língua sem resultado. Um fracasso completo. Um fiasco. Uma humilhação inexplicável.
Se o homem já é extremamente mais exposto aos “fracassos” na cama, imagine o homem solteiro? O homem casado ou namorando pode até se sentir devastado com a primeira broxada, mas ele tem história, tem seu currículo de sucessos. E o solteiro? O solteiro, coitado, esse não pode broxar jamais! Ele é um escravo das altas performances, da alta dedicação e do controle de qualidade cada vez mais implacável da mulher moderna, que é cada vez mais exigentemente, perversa.
Nós, solteiros, somos proibidos de broxar. Proibidos de falhar.
Os solteiros bonitinhos então? Uma broxada gera imediatamente o veredicto: - Bonitinho mas decepcionante. Por isso que prefiro os feios.
Vejo o dia em que vão tatuar um selo do InMetro de um lado do nosso pau e, do outro, informações estatísticas sobre a possibilidade de falha.
Nós homens precisamos nos unir e lutar pelo direito a pauamolescência!
Imagino que você agora lendo deve estar se perguntando se eu já, em alguma situação e momento da vida já broxei. E com toda a humildade eu confesso:
- Claro que não ! (risos)

7 de agosto de 2006

A Eterna Busca da Perfeição

A mulher é um ser eternamente em busca da perfeição. Em busca do corpo perfeito, em busca do homem perfeito, em busca do emprego perfeito.
A mulher busca a perfeição desde muito nova. Enquanto meninos não estão nem aí se estão sujos e descabelados, a menina já tem vaidade. Enquanto tudo que os meninos querem é fazer um gol na pelada de rua, as meninas já contam experiências e aprendizado em seus secretos diários.
Isso seria muito saudável se fosse algo equilibrado, mas ,como tudo na mulher, não é. Equilíbrio não está no vocabulário feminino.
A busca pela perfeição é, como quase tudo na mulher, radical. A mulher acha gordura na barriga mais “sarada”, encontra celulites nas coxas mais lindas, fazem escova em maravilhosos cabelos cacheados, ficam inseguras para entregar o relatório mais perfeito e detalhado.
Claro que essa busca da perfeição é positiva em vários pontos, pois a autocrítica as obriga a superar seus limites, melhorar em alguns pontos em que a mulher já é infinitamente superior ao homem. Pena que essa busca não é sem sofrimento. Como são radicais em tudo que fazem, acabam elevando a busca pela perfeição a níveis inalcançáveis, causando sofrimento e frustração.
O mais engraçado disso é que elas não cobram essa perfeição nos outros. Nem de outras mulheres, muito menos de seus namorados e maridos. A amiga pode estar com uma “barriguinha” que está linda, nela seria uma pança! Eu mesmo morro de rir quando falam que eu tenho a barriga linda. Nossa ! Exigência Zero! (risos)
Eu não me atreveria a propor uma mudança! Principalmente porque acho que não abriria mão de toda a perfeição que as mulheres nos oferecem. Fui mal acostumado, problema delas! (Risos) Mas que tal eliminar a maneira radical dessa busca e se olhar no espelho com a admiração de estar vendo o conjunto, não perfeito, mas o mais próximo quanto poderia ser da perfeição, e simplesmente sorrir? Afinal, existe algo mais perfeito que um sorriso de mulher?

4 de agosto de 2006

O Príncipe Encantado Mascarado

Porque será que pessoas usam máscaras perfeitinhas? Porque tentam ser tudo que o outro deseja, inventando preferências e atuando tão brilhantemente nesse nosso palco que é a vida?
Acho uma perda de tempo. Minha e da outra pessoa, pois uma hora ou outra a máscara precisa cair. Ninguém a capaz de representar por meses um personagem. Seria algo que o consumiria.Mesmo assim as pessoas tentam e tentam o uso continuado da máscara.
Se você está pensando em quantidade, em “pegar geral”, bom, talvez aí sim o uso da máscara seja positivo, apesar do vazio que deve dar, ao se tocar que você é um eterno ser em mutações temporárias. Um dia é um artista plástico, outro dia um empresário, no outro um MC de Funk, um jogador de futebol... Deve ser um vazio descobrir que na verdade você não é nada, e por isso precisa criar personagens para te substituir, um fiasco.
Imagine o príncipe encantado mascarado. Ele observa tudo que você diz e vai se moldando, suavemente a tudo que você gosta. Você se sente como em um lindo espelho, o seu oposto masculino, que te entende, concorda com tudo, gosta das mesmas coisas. O Príncipe vai dizer que é da marinha, aeronáutica, ou bombeiro, pois mulher adora fardas e segurança, estabilidade. Vai te levar para um lugar impressionante e barato, pois com criatividade é possível. É um príncipe, não? Perfeito? Mas por quanto tempo ele vai conseguir representar? Quantos lugares impressionantes e baratos existem na sua cidade? A máscara precisa cair ou o príncipe antes disso, precisará montar em seu cavalo branco e, com lágrimas nos olhos, se despedir, partindo para sempre da sua vida, rumo a uma terra distante.
Pelo menos nesse caso você poderá curtir suspiros por algum tempo, o que é melhor que uma decepção estrondosa da realidade de mentiras aparecendo por trás da máscara.
Existem os príncipes encantados mascarados diferentes, sim... São os que por burrice vestem a máscara para conquistar realmente uma mulher. Essa máscara não é tão maravilhosa quanto à de cima, mas é uma mascara. E ela vai se desfazendo aos poucos, mostrando seu verdadeiro “eu” em doses homeopáticas. Essa é a pior máscara, porque não causa uma dor extrema quando a máscara do príncipe cai ou quando o príncipe vai embora. Mas causa uma perda de tempo insubstituível. Meses, anos, até que toda a máscara tenha caído e você, finalmente veja que seu príncipe nunca existiu.
Sejam espertinhos ou os burros, os príncipes encantados mascarados existem e são completamente devastadores.
Sou extremamente contra as máscaras. Ser transparente, mostrar-se é uma questão de inteligência, pois você imediatamente seleciona as pessoas que gostam de você, e que respeitam seus gostos e idéias. Sempre vai haver espaço para mal-entendidos e decepções, mas minimizados, pois você vai estar sempre renovando e se expondo com o que você é. Nunca com o que você quer parecer ou acha interessante parecer.
Os excessos nunca são bons. A transparência absoluta já me causou estragos. A primeira vez que expus uma grande fraqueza eu levei no rabo, mas mesmo assim, ainda é melhor que a mentira. Talvez trocar a máscara por uma maquiagem, afinal algum mistério e algum segredo a gente pode guardar. Eu tenho os meus mas nunca com o exagero das máscaras.
Um sapo sim, mas maquiado. ;)

1 de agosto de 2006

O Amor Não Precisa Ser Cego

Sempre tive dúvidas sobre o amor. Algumas vezes tinha certeza de que ele era completamente racional em outras tinha a impressão de que a racionalidade desaparecia.
Racional quando o amor era igual ao conjunto de adjetivos que a amada tinha. Apreciava tanta coisa em sua personalidade que me fazia amar essa pessoa. Uma admiração que nos deixa bobos e que nos faz querer ser parte da vida dessa pessoa.
Irracional quando não sabemos o porquê estamos apaixonados. Não há motivos, não há essa admiração profunda. Esse amor é perigoso, principalmente quando ele se torna irracional e incondicional.
O amor não é cego. Cego é o amor irracional. Quantas vezes vocês esbarraram com confissões do tipo:
- Ele não vale nada mas eu o amo, o que posso fazer?
O amor irracional pode fazer o amor perder sua principal finalidade: Fazer-nos felizes.
Digo isso porque o grau de irracionalidade e incondicionalidade às vezes é extremo. As mulheres são as maiores vítimas desse tipo de amor. Amam maridos que dormem noites foras, maridos alcoólatras, maridos agressivos. Amam incondicionalmente e quando questionadas porque não os deixam a resposta é:
- Ele não vale porra nenhuma mas eu o amo! O que posso fazer?
Eu não sei ao certo o que elas deveriam fazer, mas talvez procurar um psicólogo para tratar da auto-estima seria um bom conselho.
As mulheres não são as únicas vítimas desse amor irracional. Nós também nos apaixonamos por cada uma... Mas realmente é de se notar que o problema com elas é bem mais acentuado. Elas juram que é porque homem em geral não presta. São todos uns safados. Mas tem os safados, violentos. Tem os safados, vagabundos. Tem os safados alcoólatras. E tem os safados, violentos, vagabundos e alcoólatras...(risos_
Mulher quando tem um amor irracional não vê nada. Não vê que ele depois de três anos enrolando não vai largar a namorada ou a mulher para ficar com ela. Não vê que ele não vai parar de fumar ou beber. Não vê nem que o namorado é gay!
A nossa única saída é torcer. Torcer para ter um amor racional, daqueles que crescem com o tempo, com a admiração e com o amor que você recebe de volta. Torcer para que, caso seja uma paixão arrebatadora, que seja até irracional mas que pelo menos seja recíproco, porque amar sozinho é pior que amar a pé, como diria nossa poetisa Ivete Sangalo....

31 de julho de 2006

Repressão Feminina

É incrível como as mulheres se auto-reprimem. Fico imaginando a cena: Quatro amigas conversando sobre sexo. A mais picante declaração até então tinha sido algo sobre sexo na chuva ou leite condensado e, de repente, Silvinha me solta a frase a bomba:
- Eu adoro dar o cú.
Após segundos de um silencio sepulcral o assunto é mudado imediatamente:
- Nossa, comprei um vestido lindo para o casamento da Gisele.
Algumas (muitas?) horas de conversa se passam até que a pobre Silvinha precisa sair e se despede. Começa imediatamente os comentários repressores:
- Silvinha é muito puta!
- Acho sexo anal nojento!
- Já me disseram que dói muito...
- etc.etc.etc.
O mais interessante é que mesmo as que estão muito longe de serem “tradicionais” na cama criticam as pouquíssimas que abandonam a hipocrisia e tem coragem de falar abertamente sobre suas preferências mais picantes.
As mulheres se obrigam mentir, se obrigam a serem hipócritas até nos seus meios sociais mais íntimos como amigas e mães.
Falando em mães...
A repressão feminina já começa em casa.
Eu, por exemplo, consegui perceber meus pais transando com 25 anos! Imagine as acrobacias que eles faziam para ficar tudo na moita? Não serem notados? Absurdo e facilmente compreensível: As mães se obrigam a parecerem castas e puras para seus filhos.
É possível imaginar uma improvável conversa entre uma mulher e sua mãe do tipo:
- Mãe, eu estou saindo com um cara muito legal e ele quer fazer uma surubinha. Estou muito curiosa mas tenho medo do que ele vai achar de mim depois disso.
Ou ainda:
- Mãe, ontem a suruba foi uma delícia. Você deveria experimentar!
Quem lê algo assim pode parecer absurdo, mas, mudando os personagens para pai e filho a história não parece mais tão absurda, ou parece?
A verdade é que os homens não se reprimem e se repreendem tanto sexualmente entre si. Nós nos damos alguma liberdade a mais, nos damos muito mais possibilidades. Não todas, pois claro que um homem também não vai contar entre amigos algo como:
- Ontem eu e minha mulher fizemos um swing
Mas até aí fica a dúvida: Será que essa repressão é pelo fato dele ter feito uma suruba ou porque sua mulher é uma puta? Bom... aí a gente nota que o homem também reprime a mulher, mas talvez estejamos apenas seguindo os ensinamentos que nossa primeira grande mulher nos ensinou. Quem é essa? Nossa mamãe.
Em algum momento esse circulo de repressão terá que ser rompido. Quem sabe hoje à noite, uma conversa com a mamãe não seria o pontapé inicial? Coragem, alguém se habilita? (risos).

28 de julho de 2006

A Covardia da Traição

A traição machuca mais a minha auto-estima que meu coração, porque em algum momento da vida, a mulher reprimida socialmente acaba se realizando sendo uma puta. Então, aos cornos resta entender como algo humano, inevitável e aceitar.
Que fique claro que a traição não torna uma mulher puta. Longe de mim achar isso. A traição faz ela sentir-se um puta, numa fantasia, num fetiche. E atire a primeira pedra a mulher que não tenha a fantasia de ser uma puta. E não estou falando de “ser uma puta na cama” isso é clichê barato. Isso é ser boa de cama. É gostar de fuder. É obrigação da mulher moderna. O que estou dizendo é se sentir uma puta mesmo, e, portanto, melhor de cama que suas amiguinhas “santinhas”.
Já vi caras fazendo de tudo: flores, bombons, ligar para o trabalho para desejar um bom dia, abrir a porta do carro, puxar a cadeira do restaurante, pagar a conta e pedir a suíte mais cara do motel. Coisa que ele não faz para a namorada (noiva, esposa) dele desde o fim do primeiro mês de namoro.
Claro que o coitado do corno também já deixou de fazer isso tem tempo. Ele escuta os problemas de trabalho, os desejos e anseios, as frustrações. Se você é casado, a coisa se complica pois, aí, somam-se sogra, filhos, contas...
O sexo em casa não é mais selvagem, intenso e escandaloso? Aí, meu irmão, a culpa é mais uma vez sua. Você pode até argumentar: “Ah, mas é ela que tem medo dos filhos escutarem os gemidos, as palavras vulgares e os tapinhas na bunda!”. Não adianta, não há desculpa. Se você tem essa tara selvagem pela sua esposa deveria ter instalado um isolamento acústico nas paredes do quarto... Ou leva-la para o motel pelo menos uma vez por semana, porque não se engane, o conquistador não leva a namorada dele, mas vai levar a sua com o maior prazer.
Você já pensou como é complicado reproduzir a emoção do primeiro beijo e da primeira vez que você tirou a roupa da sua amada? Depois de tantas e tantas noites, é possível reproduzir aquele tremor, aquele suor da primeira vez? Pois o conquistador vai ter isso o tempo todo, pois sua namorada vai ficar assim desde o primeiro olhar. Tudo vai ser emocionante e perigoso e “errado” para ela. Mas não se iluda, pois o “errado” ela justifica fácil com a sua falta de criatividade. “Ah, ele não me deseja mais” ou “Meu relacionamento já caiu na rotina” ou ainda “A rotina está me empurrando para os braços de outro homem”. Você não tem chance.
O conquistador está sempre com tesão. Sua mulher é novidade para ele. Para você não tem mais novidade, a motivação de levar sua mulher para cama é infinitamente inferior. A motivação para fazer ela ter orgasmos múltiplos é zero. Até porque o que é orgasmo múltiplo? Essa porra é utopia...
E ainda sobre motivação, o conquistador sente enorme prazer em comer a mulher dos outros. Olha que injeção na auto-estima. Olha como ele é superior. Mais gostoso. Ele faz ter sua mulher ter orgasmos múltiplos!
No final, junta-se: um adversário motivado, a rotina inevitável, os problemas de um verdadeiro relacionamento de companheirismo e envolvimento, a divisão de atenções com filhos e família e você tem o exato grau de covardia que é a traição.
Obs.: Orgasmo múltiplo existe ou é uma invenção de uma esperta mulher para fazer a gente se sentir uma merda na cama? Por favor comentem sobre o assunto! E sobre o texto também, claro...

26 de julho de 2006

As Predadoras

Porque na vida de tantas mulheres que amamos existe aquele “ex” que nunca vai lhe amar, nunca vai dar um décimo do que podemos lhe dar e que, mesmo assim, às tem quando lhe dá vontade? Aquele filho-d´uma-puta que come quando quer?
Já esbarrei com tantos casos assim...
A resposta? Mulheres são predadoras.
Sim, as mulheres são predadoras e seu desejo em especial só é saciado pela presa mais feroz, mais veloz. A presa impossível de ser alcançada.
Nós apaixonados somos apenas ração. Insípida e disponível. Somos a ração que elas têm quando querem. Somos a segurança que sacia a fome mas nunca o desejo. O sabor elas só encontram em suas presas impossíveis. Nós, quando não somos ração (ainda), alimentamos nossa felicidade com sabores que temos, ou a parte que nos é oferecida. Alguns agradam, outros agradam definitivamente. Permitimos-nos saborear o que nos é oferecido e o sabor independe da dificuldade.
Nós, ao contrário das mulheres, saboreamos as mulheres facilmente atraídas.
Uma curiosidade é que nós, homens outrora apaixonados, envolvidos, ração comum, fácil e insípida, também podemos ser a presa veloz, inacessível e portanto saborosa para outra predadora.
Isso mesmo! Pode parecer loucura que a sua ração (o homem que te ama, sem graça, sem sabor) para outra predadora seja o alvo de um profundo desejo impossível, pois ele é exatamente aquele que ela não pode ter (curiosamente por ele ser a sua ração) e que sacia seu desejo.
Para nós os dois momentos (ração e presa) podem ser prazerosos, e isso é o lado bom. Já para a predadora, nenhum é. Por quê? É tão claro: A ração é insípida. Dá segurança e sacia a fome, mas jamais o desejo. E sua presa, aquela que ela nunca vai ter e que por um prazer masoquista é a única capaz de saciar sua fome e desejo, nunca vai preencher a necessidade de ser amada, pois a presa nunca será domada. Essa relação vai ser sempre de sofrimento, será sempre uma caçada descalça sobre piso de cascalhos que castiga os pés. Será sempre uma caçada em uma vegetação rústica que lhe corta a carne.
Afinal, o que nós homens gostaríamos de ser? A presa cobiçada ou ração insípida?
O homem acha que quer ser a presa cobiçada, que quer encarnar o “ex” que come quando quer. Apenas acha, pois a verdade é que sonhamos em ser uma ração saborosa, que depois de devorada, tenha saciado o desejo e causado um desconhecido sorriso de completa satisfação. As predadoras juram que para isso basta um tempero diário, renovar-se. Eu, particularmente, não acredito, pois, afinal, o instinto fala mais alto. Predadores são predadores.